Invenção da Modernidade Literária, A

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Friedrich Schlegel e o romantismo alemão   “O arquétipo da humanidade nos degraus mais elevados da formação antiga é a única base possível de toda a formação moderna.” Assim lemos no texto de 1795, “Do valor do estudo dos gregos e romanos”, de a utoria de Friedrich Schlegel. Nesse momento ainda estava sendo gestada a grande ruptura que logo aconteceria. Foi superando essa relação de profundo respeito e de idealização pelo passado clássico que esse poeta e teórico da poesia, ao lado de seu ir mão August Schlegel e de Novalis, vieram a fundar a nossa modernidade literária e artística.   O chamado Primeiro Romantismo Alemão foi um movimento que gestou a nossa autoimagem, e está na origem de questões e debates que nos atingem até hoje. O romantismo foi um movimento de ruptura profundo, vertiginoso, quando, após a Revolução Francesa, ficou claro que, para nos formarmos, em vez de olhar para o modelo passado, deveríamos olhar para o futuro. O mundo ficou de ponta-cabeça. Mas essa vir ada não foi tão simples, e a importância desta obra de Constantino Luz de Medeiros consiste em justamente ajudar a entender esse momento de convulsão e de fundação. Ele nos mostra como no cerne dessa mensagem do Primeiro Romantismo está não a respost a conservadora à perda de chão que foi a Revolução, mas sim o seu aprofundamento e desdobramento.   Incorporar a Revolução significava pensar o Eu como processo, eterno movimento de construção e desconstrução. Daí a importância atribuída por ess es pensadores ao campo artístico (como máquina de criar e demolir mitos) daí a importância dada a eles ao  Witz  (o chiste), que, na contramão do juízo valorizado por Kant, rompe com a cadeia de pensamento lógico dedutivo e cria a partir do caos daí também a valorização da  Verstellung  (dissimulação), da ironia, do fragmento e da tradução. Pela primeira vez a tradução é tratada como um verdadeiro gênero do discurso, que, por ser uma imitação que necessariamente desvia, pode se r usada para por em questão a concepção estanque das identidades. August W. Schlegel deu um acabamento delicioso a essa valorização desconstrutora do que normalmente é visto como sendo secundário no fragmento 110 da revista  Athenäum: “É um gosto sublime sempre preferir as coisas à segunda potência. Por exemplo, cópias de imitações, julgamentos de resenhas, adendos a acréscimos, comentários a notas”. Não seria ousado ver nessas ideias e nesses pensadores o germe da nossa antropofagia moderni

  Atributos

num_paginas:
208
ano_edicao:
2021
num_edicao:
1
data_lancamento:
01/05/2021
isbn13:
9788573215748
ean:
9788573215748
autor:
LUZ DE MEDEIROS, CONSTANTINO
editora:
ILUMINURAS
encadernacao:
BROCHURA
peso:
0.080
altura:
23.000
largura:
16.000
comprimento:
6.000