Arranjos Para Assobio
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Em Arranjos para assobio, Manoel de Barros demarca com clareza seu terreno no mundo poético ao criar uma singular e incontornável geopolítica da língua. É o assobio, e não a música ou a canção, que sua poesia deseja sonoramente alcançar. Pois se há c anto neste poeta, ele “reboja”, e sua voz se quer “úmida como restos de comida”. São muitas as ramificações do poético neste breve - porém incessante e inesgotável - volume, em que as frases (ou aforismos) se sucedem, “formando riachos, mais tarde ri os”, no belo dizer de Luiz Ruffato. Manoel de Barros radicaliza o desejo de uma poética do baixo, da matéria, do abjeto: será do entulho do mundo e do miasma do pântano que brotará a palavra poética como aproximação corporal de um sentido telúrico. É neste livro que encontramos a célebre definição de Manoel de Barros da poesia como “inutensílio”. O território de sua criação se contrapõe a tudo que é útil, funcional ou calculado. Aqui, o discurso poético se revela alheio à lucidez da razão, pois é no “desfazimento” metódico do entendimento que a palavra poética cumpre seu papel.
Atributos
- num_paginas:
- 120
- ano_edicao:
- 2016
- num_edicao:
- 1
- data_lancamento:
- 14/03/2016
- isbn13:
- 9788556520050
- ean:
- 9788556520050
- autor:
- BARROS, MANOEL DE
- editora:
- ALFAGUARA (CIA DAS LETRAS)
- encadernacao:
- BROCHURA
- peso:
- 0.224
- altura:
- 23.400
- largura:
- 15.000
- comprimento:
- 1.000