Museus, Arquivos, Patrimônio e Espaço Urbano EM (Dis)Curso
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Uma das formas encontradas para trabalhar com essa proposição se materializa na/pela procura dos sobreviventes dos campos de concentração e na/pela oportunidade de que eles constituam narratividades em torno do que vivenciaram e do que podem testemunhar acerca do vivido/experienciado. O testemunho"[...] remete na maioria das vezes, para a urgência de dizer o percurso de um sofrimento e, com esse relato, transmitir algo que aconteceu com um sujeito um sujeito que enuncia a partir de uma posição o discursiva e sob determinadas condições históricas de produção" (MARIANI, 2021, p. 70) um dos caminhos encontrados para estancar as verdades resvalantes. Dessa forma, das "verdades incômodas", que resvalam, ressonam sentidos (re)atualizados nos/pelos discursos testemunhais que estão amparados pela instituição: o museu que nos ocupamos funciona como esse lugar onde essas "verdades" podem circular, fazer sentido e contribuir para que esse passado não retorne. Venturini (2020, p. 24, grifos da autora) sinaliza que um museu. [...] só existe se houver uma sustentação pela história e pelo simbólico, construindo interesses comuns que se inscrevam no simbólico ou na história e trabalhem para a construção de uma narratividade que ´sustente´, ´legitime´ e, mais do que isso,´ emocione´ os sujeitos de uma formação social. Podemos, assim, falar em "verdades", sejam elas "incômodas" e/ ou resvalantes, porque há, na prática, sustentação e legitimidade que se concretizam e residem nos discursos acerca das experiências vivenciadas pelos sobreviventes no Holocausto.
Atributos
- num_paginas:
- 378
- ano_edicao:
- 2022
- num_edicao:
- 1
- isbn13:
- 9786556373928
- ean:
- 9786556373928
- autor:
- VARIOS AUTOES
- editora:
- PONTES
- encadernacao:
- BROCHURA
- peso:
- 0.600
- altura:
- 23.000
- largura:
- 16.000
- comprimento:
- 3.000